Parecia que 2014 seria um ano maravilhoso para as empresas
de Pesquisa de Mercado. Os mais desavisados ainda pensam que foi um ano
fantástico para os institutos. Mas afinal, o que aconteceu?
O ano começou com muita correria, depois dos já tradicionais
meses fracos Janeiro/fevereiro. O carnaval terminou e todas as empresas faziam
orçamentos e planejamentos para estudos que pudessem ser executados antes da
Copa do Mundo de Futebol. As manifestações mudaram um pouco nossa rotina e com
o torneio da FIFA no Brasil as pesquisas de mercado pararam de vez. Mas a Copa
não gerou estudos? A resposta é: não gerou projetos significantes, apenas
pesquisas de eventos, satisfação com estádios, camarotes e coisas sem o peso de
investimentos de Multinacionais.
Seguido da Copa, o Brasil se concentrou nas Eleições para
Presidente. Opa, ai sim teremos pesquisas!?
Não, na verdade alguns poucos institutos trabalham com pesquisas
eleitorais com volume significante. A Best Forecast ajuda, com ferramentas de
pesquisa de marketing para coleta de dados e sistemas de análise e automação de
relatórios, ao redor de 25 institutos de pesquisas, onde apenas 4 se
aventuraram no ramo eleitoral. E as empresas de bens de consumo, indústrias
multinacionais e serviços, não alimentaram suas áreas de inteligência com
estudos? Não, reduziram as pesquisas para esperar o final das eleições. Com uma
crise anunciada, reduziram drasticamente investimentos nesta área, trocando
estudos mensais para trimestrais, onde faziam amostras com 2000 entrevistados,
reduziram para 800, etc. Por termos sistemas de coleta de dados nestes
institutos, notamos que de um modo geral houve uma redução de até 50% no número
de entrevistas normalmente realizadas até novembro de cada ano.
O que restou para 2015? Além da esperança da retomada dos
projetos de pesquisa de mercado, restou a certeza que a área deve se
reinventar. Temos que buscar novas técnicas, ferramentas e análises que cativem
as empresas, que apresentem respostas indispensáveis para qualquer momento do
ano, que tragam a voz dos novos consumidores. A crise está ai, mas nada melhor
que bons e eficientes estudos para otimizar ações em um ano difícil. Temos
esperança que o executivo troque a frase: “estou sem tempo e dinheiro,
conversaremos quando passar esta fase”, por:
“ vamos conversar para que eu possa ganhar tempo e dinheiro nesta fase”. Que comece efetivamente 2015!
Sérgio Baratojo
Ceo - Best Forecast